Posicionar decúbito dorsal

Procedimento  Posicionar pessoa na cama em decúbito dorsal

Explicar à pessoa o procedimento e o objetivo da intervenção (respeita os princípios éticos na obtenção do consentimento da pessoa para realizar a intervenção, diminui a ansiedade e promove a colaboração da pessoa).

Planear com a pessoa a intervenção (coordenar, ponderar, ordenar e organizar previamente a intervenção, diminui a ansiedade e promove a colaboração da pessoa).

Reunir o material (promove a gestão do tempo, diminui o esforço do enfermeiro/familiar cuidador na execução do procedimento e maximiza o conforto da pessoa).

Gerir o ambiente (evita a exposição da pessoa a temperatura e ventilação indesejadas e mantém a sua privacidade).

Travar as rodas da cama (promove segurança).

Ajustar a altura da cama, de forma à sua otimização com a anca do enfermeiro/familiar cuidador (diminui o trabalho muscular no movimento, diminui a fadiga e reduz o risco de lesões musculares).

Colocar a cama na posição horizontal

Lavar as mãos (diminui a transmissão de microrganismos e previne a contaminação).

Posicionar a pessoa de costas, no centro da cama (reduz a tensão muscular e previne lesões músculo-esqueléticas).

Alinhar a pessoa, verificando o ajustamento dos ombros com a bacia (previne lesões músculo-esqueléticas).

Posicionar a cabeça e o pescoço sobre uma almofada, se não houver contra indicação (promove o alinhamento do pescoço/cabeça  e diminui a tensão sobre o músculo esternocleidomastóideo e promove conforto).

Posicionar os membros superiores paralelamente ao corpo, em ligeira abdução e com os cotovelos ligeiramente fletidos (mantém o alinhamento corporal, reduz a rotação interna do ombro, previne a rigidez articular e promove relaxamento).

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Posicionar os antebraços e mãos sobre almofadas, com o punho em extensão, a mão em pronação e os dedos em ligeira flexão (promove conforto, mantém o alinhamento do punho, as mãos em posição de função e previne o edema da mão).

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Posicionar a superfície lateral dos trocânteres, ao nível da articulação coxofemoral, sobre rolos/almofadas (previne a rotação externa da articulação coxofemoral).

Posicionar a região poplítea e a região supra calcânea sobre uma pequena almofada ou rolo (mantém a curvatura fisiológica do joelho, promove o relaxamento, reduz a pressão sobre os calcâneos, previne atrofias musculares).

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Colocar a tábua de pés ou almofadas macias em contacto com a região plantar (permite manter a articulação tibiotársica alinhada, prevenindo o pé equino).

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Verificar o alinhamento corporal, segundo o eixo sagital, observando dos pés da cama (permite validar o alinhamento da coluna vertebral ou identificar a necessidade do seu alinhamento).

Assegurar o conforto da pessoa

Cobrir a pessoa (promove privacidade e conforto da pessoa).

Ajustar a altura da cama

Subir as grades da cama, se necessário (promove segurança).

Lavar as mãos e os antebraços (diminui a transmissão de microrganismos e previne a contaminação).

Considerações específicas:

Posição de Fowler (cabeceira da cama elevada a cerca 45º) e Semi-fowler (cabeceira da cama elevada a cerca de 30º).
Nestas posições, deve-se colocar almofadas sob os antebraços e rolos/almofadas ou sacos de areia sob a superfície lateral dos trocânteres de modo a manter o alinhamento corporal. Os joelhos devem estar em flexão apoiados em almofadas.

Bibliografia:
ACSS – Administração Central do Sistema de saúde, IP. Manual de normas de enfermagem. Procedimentos técnicos. 2a ed. revista, Lisboa: Ministério da Saúde, 2011
Bulechek, Gloria, Butcher, Howard e Dochterman, Joanne. 2010. Classificação das intervenções de enfermagem. tradução da 5a edição. Rio de Janeiro : Mosby, 2010. pp. 170-174. ISBN 978-85-352-3442-8.
ICN - International Council of Nurses. CIPE - Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem, Versão 2.0. Fevereiro: Ordem dos Enfermeiros, 2011. ISBN: 978-92-95094-35-2
Springhouse. As melhores práticas de enfermagem: procedimentos baseados em evidência. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 2010