Virar a pessoa na cama

Procedimento  Virar pessoa na cama em decúbito dorsal

Explicar à pessoa o procedimento e o objetivo da intervenção (respeita os princípios éticos na obtenção do consentimento da pessoa para realizar a intervenção, diminui a ansiedade e promove a colaboração da pessoa).

Gerir o ambiente (evita a exposição da pessoa a temperatura e ventilação indesejadas e mantém a sua privacidade).

Travar as rodas da cama (promove segurança).

Ajustar a altura da cama, de forma à sua otimização com a anca do enfermeiro/familiar (diminui o trabalho muscular no movimento, diminui a fadiga e reduz o risco de lesões musculares).

Lavar as mãos (diminui a transmissão de microrganismos e previne a contaminação).

Mobilizar pessoa para o lado oposto ao decúbito lateral pretendido (ver procedimento: Mobilizar a pessoa na cama)

Elevar grade da cama (promove a segurança).

Ir para o outro lado da cama (dar continuidade ao procedimento).

Colocar a cabeça e pescoço da pessoa, se não houver contraindicação, sobre uma almofada (reduz a flexão lateral do pescoço, diminui a tensão sobre o músculo esternocleidomastóideo e promove conforto).

Posicionar o membro superior mais próximo do enfermeiro em abdução ou em abdução com rotação externa (evita a pressão do corpo sobre o membro superior após o movimento).

Posicionar o membro superior mais afastado do enfermeiro sobre o tórax (evita a hiperextensão do ombro).

Posicionar o membro inferior mais afastado do enfermeiro sobre o outro membro inferior (diminui o esforço do enfermeiro no movimento).

Ficar de frente para o eixo mais longo da cama e encostar à cama o joelho mais distal relativo à cabeceira da cama (permite trabalhar voltado para a pessoa, por outro lado, o joelho servirá como ponto de apoio, quando o peso for transferido).

Manter os pés afastados aproximadamente 45 cm, com um ângulo de 60º a 90º, num plano perpendicular à cama (uma base larga de sustentação permite assegurar maior estabilidade corporal).

Fletir os joelhos, mantendo a coluna reta (mantém a mecânica corporal do enfermeiro/familiar cuidador, prevenindo lesões osteoarticulares).

Colocar uma mão no ombro e a outra na anca mais distal da pessoa (impede a torção da coluna durante o movimento).

Virar a pessoa sobre si própria, com um movimento firme e suave, em simultâneo pressionar o joelho mais proximal à pessoa de encontro à cama e deslocar o peso para a perna mais distal (o movimento corporal do enfermeiro é usado para ajudar a virar a pessoa; os músculos das coxas e braços criam a força).

Fletir o membro inferior mais afastado da base da cama de 60º a 90º (estabiliza a posição da pessoa).

Ir para o outro lado da cama (dar continuidade ao procedimento).

Baixar a grade da cama

Ficar de frente para o eixo mais longo da cama e encostar à cama o joelho mais distal relativo à cabeceira da cama (permite trabalhar voltado para a pessoa, por outro lado, o joelho servirá como ponto de apoio, quando o peso for transferido).

Manter os pés afastados aproximadamente 45 cm, com um ângulo de 60º a 90º, num plano perpendicular à cama (uma base larga de sustentação permite assegurar maior estabilidade corporal).

Fletir os joelhos, mantendo a coluna reta (mantém a mecânica corporal do enfermeiro/familiar cuidador, prevenindo lesões osteoarticulares).

Colocar as mãos/antebraços sob o ombro mais proximal à base da cama e exercer uma pequena força, puxando suavemente o ombro (permite obter base de apoio para a estabilização, diminuindo a tendência da pessoa para voltar ao decúbito dorsal).

Lavar as mãos e antebraços (previne a contaminação, diminuindo a transmissão de microrganismos).

 

 

 

 

Bibliografia

ACSS – Administração Central do Sistema de saúde, IP. Manual de normas de enfermagem. Procedimentos técnicos. 2a ed. revista, Lisboa: Ministério da Saúde, 2011
Bulechek, Gloria, Butcher, Howard e Dochterman, Joanne. 2010. Classificação das intervenções de enfermagem. tradução da 5a edição. Rio de Janeiro : Mosby, 2010. pp. 170-174. ISBN 978-85-352-3442-8.
ICN - International Council of Nurses. CIPE - Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem, Versão 2.0. Fevereiro: Ordem dos Enfermeiros, 2011. ISBN: 978-92-95094-35-2
Springhouse. As melhores práticas de enfermagem: procedimentos baseados em evidência. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 2010